junho 30, 2025

Guaidó é banido de cargos públicos por 15 anos

Controladoria Geral da Venezuela anuncia inabilitação do presidente da Assembleia Nacional pelo período máximo possível, acusando-o de ocultar ou falsificar informações em sua declaração de patrimônio.A Controladoria Geral da Venezuela (CGV) anunciou nesta quinta-feira (28/03) a inabilitação do presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, para o exercício de cargos públicos por 15 anos, o período máximo possível.Guaidó se declarou presidente interino da Venezuela em 23 de janeiro e foi reconhecido por mais de 50 países, entre eles os Estados Unidos, a Alemanha, a França, a Espanha e o Brasil.O chefe da CGV, Elvis Amoroso, afirmou que "se presume" que Guaidó ocultou ou falsificou dados de sua declaração de patrimônio e recebeu dinheiros de fontes internacionais e nacionais sem justificar.A Controladoria Geral da Venezuela (CGV) ordenara em 11 de fevereiro uma auditoria no patrimônio de Guaidó, alegando suspeitas de que ele teria falsificado dados da sua declaração de patrimônio.A investigação integra uma resolução emitida por Amoroso, que foi designado em 2018 pela Assembleia Nacional Constituinte, um "parlamento" composto unicamente por simpatizantes do regime e não reconhecido por vários países, entre eles o Brasil e os membros da União Europeia.Na decisão da auditoria é justificado que a Constituição da Venezuela prevê que os deputados da Assembleia Nacional, presidida por Guaidó e majoritariamente composta por membros da oposição, dedicam-se exclusivamente à atividade parlamentar, pelo que não podem receber "nenhum tipo de rendimentos por outro trabalho público ou privado".A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.Guaidó, de 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.Maduro, de 56 anos, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.A repressão aos protestos contra o regime, desde 23 de janeiro, provocou no mínimo 40 mortos, de acordo com várias organizações não governamentais.A essa crise política soma-se a uma grave crise econômica e social, que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados das Nações Unidas.AS/afp/efe/lusa______________A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App | Instagram | Newsletter