julho 1, 2025

A visão otimista de Alexandre Padilha sobre as batalhas de Lula na Câmara

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O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta sexta-feira, 14, que o governo Luiz Inácio Lula da Silva não deverá encontrar resistência na Câmara para encaminhar e aprovar suas principais propostas, entre elas a do novo arcabouço fiscal. A declaração foi dada a jornalistas após encontro com empresários sobre os 100 dias de governo, na Amcham (Câmara Americana de Comércio), em São Paulo.

Questionado sobre a crescente insatisfação de parlamentares quanto à articulação política do governo — o que envolve queixas sobre promessas “não cumpridas” de cargos nos segundo e terceiro escalão e liberação de emendas –, Padilha afirmou que há um esforço de diálogo e que o marco fiscal é um tema que une governo e oposição.

“Estamos com um cronograma de execução orçamentária naquilo que estava previsto, conseguimos garantir o pagamento de mais de 3 bilhões de reais de emendas que estavam paralisadas do governo Bolsonaro (…). Vamos começar agora em abril o cadastramento das propostas pelos parlamentares para suas emendas de individuais e de bancada (…). Tem um calendário que vai acontecer ao longo do ano, já previsto, e que não vai ter nenhum empecilho para aquilo que é um papel importante dos parlamentares, de apontar projetos prioritários, de investimentos a partir da sua realidade local”, declarou o ministro.

Sobre a alocação de cargos dos chamados segundo e terceiro escalões, Padilha afirmou que não há nenhum tipo de “represamento intencional”, e que o governo tem seguido um rito processual de receber currículos e analisar a documentação dos postulantes. No caso de empresas públicas que têm conselhos, assinalou o ministro, são esses colegiados os responsáveis por marcar reuniões e definir calendários, algo que “independe de articulação política”.

“A gente acolhe as preocupações, absolutamente normais, estamos lá para isso, para dar celeridade. Mas acredito sinceramente que o ambiente positivo para aprovação do marco fiscal está montado no Congresso, e vamos conseguir aprovar o mais rápido possível”, garantiu o ministro.

Blocos

Padilha ainda comentou a formação do agora maior bloco da Câmara, com 173 deputados — que engloba partidos que vão desde o PP do presidente da Câmara Arthur Lira, até o PSB do vice-presidente Geraldo Alckmin, passando ainda pelo poderoso União Brasil. O novo superbloco nasceu dias após a formação de outra frente, com 142 deputados, formada por MDB, Podemos, Republicanos, PSC e PSD.

O ministro de Lula afirmou que ambos os blocos terão “impacto positivo” para o andamento de projetos prioritários, como, além do marco fiscal, a reforma tributária e a votação de medidas provisórias, como o Bolsa Família e minimizou quaisquer outros efeitos que as alianças possam ter sobre o governo. “Tem um jogo interno ali da Câmara que não tem qualquer relação com o governo. Tanto que os líderes dos dois blocos são de parlamentares que têm quadro de cargos no governo”, declarou.

 

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