A estratégia de Lula para combater a fome e ampliar a oferta de comida
Em discurso por ocasião da recriação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional nesta terça-feira, Lula afirmou que o governo pretende colocar de pé um plano para ampliar a oferta de alimentos no país como forma de combater a fome.
Segundo o presidente, a ideia é que o governo compre alimentos de pequenos e médios produtores para distribuir para famílias carentes. O plano é trabalhar com um valor mínimo a ser pago por cada tipo de alimento para reduzir perdas dos produtores em momentos de excesso de produção, quando os preços ficam depreciados.
Para Lula, o país vive uma desigualdade na questão alimentar, mesmo sendo um dos maiores produtores de alimentos do mundo. O objetivo é colocar de pé novamente o programa que em outras gestões petistas se chamou “Mais Alimentos”.
“Se o Valmir tem uma vaquinha que dá três litros de leite, vamos ajudar para ela dar seis litros de leite. Se você está colhendo só uma saca de feijão, vamos ajudar você a colher duas. Vamos garantir que se as pessoas produzirem não vão perder porque se produzirem em excesso o governo vai comprar esse alimento para que a gente distribua onde precisa ser distribuído”, disse Lula.
O presidente afirmou que chamará pequenos e médios produtores para discutir o plano. “Vamos voltar também com a política de preço mínimo para garantir que as pessoas que plantam não tenham prejuízo se houver uma superssafra. Porque, no Brasil, é assim: às vezes as pessoas são incentivadas a produzir, todo mundo planta, a colheita é muito grande, o preço cai e às vezes o companheiro não consegue retirar sequer o dinheiro que investiu. Então, vamos tentar fazer uma grande discussão não só com a agricultura familiar, não. Nós temos no Brasil 4,6 milhões de propriedades com menos de 100 hectares para chamar os donos a participarem dos nossos encontros para que a gente possa aumentar a produção de alimentos saudáveis”, disse.
