Com faixas e cartazes, estudantes fazem protesto contra o Novo Ensino Médio em Araguaína
Estudantes da Escola Estadual Guilherme Dourado, em Araguaína, realizaram uma manifestação na tarde da última quarta-feira (15/03), pedindo a revogação do Novo Ensino Médio.
O protesto foi organizado pelo Grêmio Estudantil e teve o apoio do Centro Acadêmico de História Zumbi dos Palmares, do Movimento de Juventude Kizomba e da Associação da Diversidade de Araguaína (ADIARA).
O estudantes se concentraram na frente da escola com faixas e cartazes pedindo a revogação do Novo Ensino Médio. “É praticamente unânime em todos os setores da Educação que esse modelo que está sendo colocado em prática só acentua as desigualdades e precariza o ensino público”, argumentam os organizadores da manifestação.
SOBRE O NOVO ENSINO MÉDIO
O Novo Ensino Médio foi aprovado por lei em 2017, durante o governo do ex-presidente Michel Temer, com o objetivo de tornar a etapa mais atrativa e evitar que os estudantes abandonem os estudos.
A implementação vem ocorrendo de forma escalonada e deve ser concluída até 2024 em todos os estados, mas o Tocantins se antecipou e já implantou a nova modalidade de ensino em 100% da rede estadual.
Em 2022, a implantação começou pelo 1º ano do ensino médio com a ampliação da carga horária para pelo menos cinco horas diárias. Pela lei, para que o novo modelo seja possível, as escolas devem ampliar a carga horária para 1,4 mil horas anuais, o que equivale a sete horas diárias. Isso deve ocorrer aos poucos.
Segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), mesmo em meio à pandemia de covid-19, as secretarias estaduais mantiveram o cronograma e todos os estados já estão com os referenciais curriculares do novo ensino médio homologados.