junho 30, 2025

Justiça começa a ouvir delegados e agentes investigados por suposto grupo de extermínio na Polícia Civil

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Nesta segunda-feira (22) começam a ser ouvidos os policiais e delegados investigados por supostamente integrar um grupo de extermínio na Polícia Civil. Após os depoimentos, o colegiado de juízes que conduz o processo vai decidir se eles serão levados a júri popular.

O grupo foi denunciado em julho do ano passado pela promotoria de Justiça da capital. Eles são suspeitos de pelo menos cinco mortes que aconteceram em 2020, supostamente para a promoção de uma ‘limpeza social’ em Palmas, pois as vítimas tinham antecedentes criminais.

Neste processo são investigados os delegados Ênio Walcacer de Oliveira Filho e Amaury Santos Marinho Junior, além dos agentes Antônio Martins Pereira Junior, Carlos Augusto Pereira Alves, Giomari dos Santos Junior, Callebe Pereira da Silva e Antônio Mendes Dias.A audiência de instrução e julgamento está marcada para começar a partir das 12h, no Fórum de Palmas.

O cronograma original do processo previa que todas as testemunhas e os acusados fossem ouvidos até o fim da semana passada. Segundo o Tribunal de Justiça, o planejamento acabou não sendo cumprido devido ao volume de depoimentos e duração de alguns interrogatórios.

Uma das testemunhas, por exemplo, foi ouvida por 16 horas.

Na última quinta-feira (18) foi encerrada a fase de depoimento das testemunhas de acusação e de defesa. Agora restam ser ouvidos apenas os acusados.

As audiências são conduzidas pelo colegiado formado por três juízes e contam com a presença de promotores de justiça e advogados.

O que diz a defesa dos investigados

 

No início da fase de interrogatórios, a defesa do delegado Ênio Walcacer informou que a audiência vai ser para comprovar a inocência dele.

O advogado do delegado Amaury Santos disse que estranha o fato de que Amaury ainda esteja preso, já que não haveria razões para isso. Ressaltou ainda que está empregando todos os esforços para que o delegado seja inocentado.

A defesa dos agentes afirmou, nesta segunda-feira (22), que todas as testemunhas ouvidas, inclusive as de acusação, isentaram a participação dos réus nos crimes narrados na denúncia e afastaram a participação direta deles em qualquer ato praticado nas mortes narradas.

Segundo as investigações da Polícia Federal, o grupo seria responsável por várias mortes que aconteceram em Palmas entre 2019 e 2020. Entre as execuções supostamente atribuídas ao grupo de extermínio, a denúncia cita as mortes de Geovane Silva Costa e Pedro Henrique Santos de Souza, que ocorreram em março de 2020 no Setor União Sul, em Palmas.

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