novembro 17, 2025

O ataque coordenado de aliados de Lula ao presidente do Banco Central | Maquiavel

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O duro recado de Luiz Inácio Lula da Silva ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, nesta segunda-feira, 6, repercutiu entre aliados do petista.

Durante a posse de Aloizio Mercadante no comando do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Lula criticou o nível elevado da taxa básica de juros no Brasil — hoje em 13,75% ao ano — e afirmou que os aumentos dos últimos anos e a justificativa dada pelo Copom (Comitê de Política Monetária) para as altas são “vergonhosos”. Desde a campanha, Lula e ministros da área econômica têm criticado a chamada “independência do Banco Central” e o movimento de aumento da Selic, iniciado em março de 2021, quando os juros básicos estavam em 2,75%.

Embora aliados e dirigentes de primeira hora que participaram da posse de Mercadante — como o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin — tenham se limitado a parabenizar a oficialização do ex-ministro à frente do banco, com estimas de retomada do crescimento da economia e diminuição da desigualdade social, outras figuras próximas a Lula se posicionaram firmemente à favor de uma resposta dura a Campos Neto.

“O presidente Lula está certíssimo ao questionar a ‘independência’ do Banco Central. Se o BC não precisa prestar contas à sociedade brasileira, ele responde a quem? Dica: o Brasil tem a maior taxa de juro real DO MUNDO. Quem ganha com isso?”, publicou o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP). “Quem é a favor da revogação da ‘independência’ do Banco Central e de que Lula coloque o Campos Neto pra fora? Eu sou 100% a favor!”, declarou o correligionário Glauber Braga (PSOL-RJ).

‘Cair na real’

Ao contrário de auxiliares do governo — como o próprio Mercadante e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad –, Gleisi Hoffmann tem sido uma das vozes mais críticas do partido à atual autonomia do Banco Central e ao alto patamar de juros do país.

“Lula tem razão ao abrir o debate sobre as decisões do BC. Ter mandato não significa não ter responsabilidade com um país que precisa crescer urgente. Quem vai investir em produção e serviços quando pode faturar horrores com os juros nas alturas?”, publicou a dirigente na última sexta-feira, 3. “Não há economia que resista a uma taxa de juros de 13,5%. O Brasil precisa urgente de crescimento, para gerar empregos e oportunidades. O país não pode ficar esperando que o Banco Central caia na real”.

O deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP), secretário de comunicação do partido, também atacou a independência do BC. “Nossa economia está sendo sufocada por uma política financeira que penaliza os mais pobres. O juros para pessoas físicas saltou de 35,98% para 40,19% em 2022. O Banco Central tem de somar forças com o Governo Federal para aliviar o nó que Bolsonaro nos colocou!”, postou.

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Giro VEJA – segunda, 6 de fevereiro

O discurso do presidente na cerimônia do banco estatal e os novos desdobramentos do caso sobre a ação golpista revelada por Marcos do Val (Podemos-ES) são os destaques do diaYouTube Video O presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcou presença na cerimônia de posse de Aloizio Mercadante no BNDES, com mais uma leva de críticas à política de juros do Banco Central. Lula também rebateu críticas à atuação do banco durante governos petistas e voltou a comentar os atos golpistas de 8 de janeiro

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Fonte: veja.abril.com.br/coluna/maquiavel/o-ataque-coordenado-de-aliados-de-lula-ao-presidente-do-banco-central

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