Pesquisa mostra queda de Bolsonaro no eleitorado evangélico

 

A nova pesquisa Quaest, realizada entre os dias 10 e 13 deste mês, cobriu em parte o período de impacto do anúncio do apoio de Marina Silva a Lula na disputa ao Planalto. A ex-ministra, que é evangélica e líder em debates de Meio Ambiente, declarou voto no petista na segunda, durante uma coletiva em São Paulo que marcou o noticiário.

É cedo para avaliar o impacto mais amplo da adesão de Marina a Lula, mas o fato é que a pesquisa divulgada nesta quarta mostra que Jair Bolsonaro voltou a cair na intenção de votos entre os evangélicos, saindo de 53% para 51%. O alívio para o presidente, neste caso, é que Lula também não lucrou: passou de 26% para 25% entre os eleitores da igreja.

Quem ganhou no eleitorado evangélico foram os candidatos da terceira via, que passaram de 11% para 12%. Indecisos, nulos e brancos são 11%. A pesquisa ouviu 2.000 eleitores de todo o país. A margem de erro é de dois pontos.

A queda do presidente entre os evangélicos, segundo aliados da campanha, é um dos fatores que levaram Bolsonaro a amenizar o discurso em entrevistas recentes, quando chegou até a dizer que passará a faixa presidencial ao vencedor, se for derrotado.